Presen?a Propaganda

Arquivos para Outubro, 2011

Presença é bom. Se for de espírito melhor ainda

Por em Out.19, 2011, Categoria Marcando Presença

O mundo definitivamente não precisa de mais uma agência de publicidade. Nem de uma montadora de automóveis. E muito menos de uma construtora. Até porque o mundo está coalhado de empresas excelentes. O que o mundo precisa é de pessoas. Inclusive as que fazem publicidade, as que projetam carros e constróem prédios. De pessoas que estão nas indústrias, nas escolas, nos postos de saúde. Daquela pessoa, a mais humilde, que muitas vezes está aí do seu lado e que talvez você ainda não tenha se dado conta. Porque o mundo precisa urgentemente do que as pessoas têm de melhor: presença. De espírito.

Nesses últimos 25 anos a gente fez propaganda para muita empresa boa, para muita gente legal. Agora nós queremos fazer publicidade da vida. É, parece estranho mas é isso mesmo. A gente quer que a vida seja a coisa mais importante da vida de cada um. Que sorrisos mudem estados de espírito. Que carinho sincero mude espíritos para um estado bem melhor. Que o “bom-dia” seja verdadeiro. Que o “eu te amo” seja eterno.

É assim que a gente quer comemorar os nossos 25 anos: lançando uma campanha em que o nosso cliente sejam as pessoas, todas as pessoas. Porque falar da gente, jogar confete em si mesmo, seria muito fácil. O que a gente quer agora, e até para justificar esse tempo todo de mercado, é pegar um briefing difícil de resolver e chamar todos os que acreditam que ele tem solução para se engajar em um movimento que tem tudo para contagiar quem tem coração: presença. De espírito.

Por isso, se você quiser ajudar, mande aqui para o nosso blog sugestões de ONGs que precisem de uma força, atitudes positivas deseja ver implementadas, ideias de como melhorar o planeta. Vamos começar a nos mexer trocando ideias e informações, e partindo para a ação.

Esse é o jeito de comemorarmos juntos nossos 25 anos. Presença. De espírito. E que essa presença seja eterna. Porque o mundo precisa dela. E, pensando bem, até de mais uma agência de propaganda. Desde que ela tenha presença. De espírito.

A Presença iniciou suas atividades em 20.10.1986. A todos os profissionais que estão conosco e àqueles que passaram por aqui, aos nossos clientes, amigos e familiares muito obrigado por terem tornado essa trajetória possível.

Jennifer Monteiro e Fernando Brengel

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Na terra dos Apaches

Por em Out.12, 2011, Categoria Cultura, Mercado

Na minha infância, incursões ao centro da cidade eram momentos inesquecíveis. Sempre voltava desses passeios com um presente ou uma forte promessa de ganhar alguma coisa em um “outro dia”. Era praxe uma passada no Mappin, setor de brinquedos. Ia lá para babar nos autoramas, carrinhos a motor, bicicletas de marcha e outras possibilidades de diversão inalcançáveis. Anos depois passei a frequentar o setor de instrumentos musicais, mas esse episódio fica para uma outra vez.

Foi ali, no Mappin da Praça Ramos de Azevedo, que depois de muita insistência e mais um crediário bancado pela Vó Ângela, levei vitorioso para casa o tão almejado Forte Apache. Aquele ano prometia. Era Dia das Crianças e já havia conquistado um brinquedo daqueles? Imagine o que Papai Noel estava preparando.

Cheguei em casa, liguei a TV no Rim Tim Tim e, do meu lado da telinha mostrei ao Cabo Rusty – o menino órfão adotado pela pela cavalaria norte-americana – que eu também poderia ser um integrante do exército yankee. Já tinha meu forte e começaria imediatamente uma briga sem tréguas com os índios inimigos.

Quanto sonho. Quantos amiguinhos para compartilhar desse sonho. Naquele momento o dono da bola, melhor dizendo, do Forte Apache, era eu. E como a gente ganha amiguinho nessa hora né?

O tempo passou, o mimo foi devidamente aposentado. A compreensão das atrocidades perpretadas contra os índios – os nossos e os alheios -, o horror que tenho a brinquedos que incitem à violência e o próprio entendimento dos objetivos ideológicos daquilo que via, ouvia ou brincava em tempos de Guerra Fria, me fez reavaliar os meus gostos. Mas, como diria Belchior, “deixando a profundidade de lado”, o que ficou dessa história e de tantas outras foi uma infância feliz.

Como gostaria que as crianças largassem um pouco seus previsíveis videogames e voltassem a colocar a imaginação para funcionar. Que saíssem um pouco das nossas ilhas cibernéticas, voltando a brincar com jogos que agregam pessoas. Acho que os pais vêm acordando para este fato, estimulando os filhos a dividir melhor seu tempo entre as traquitanas eletrônicas e as pessoas de carne e osso, aquelas mesmas que inventam essas traquitanas. Afinal, o que elas terão um dia para contar? O que aprendem matando mais inimigos que o outro nickname que joga em rede e que, provavelmente, nunca passará de um companheiro virtual?

Nesse Dia das Crianças desejo a cada menino e menina desse planeta, devidamente abençoados por Nossa Senhora da Aparecida, que daqui a 20, 30 anos elas possam olhar para trás e lembrar, como faço agora, de um brinquedo, que só foi uma desculpa para ter ao lado quem faz a vida ter sentido: nós, seres humanos.

Fernando Brengel

Dedico esse texto aos meus familiares, especialmente aos meus saudosos avós Aquiles e Ângela, que tudo fizeram para estimular meus sonhos.

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